27 maio 2013

A UNIÃO HOMOSSEXUAL E OS DIREITOS HUMANOS

           É início das aulas. O professor Kin segue para a Faculdade com a expectativa de encontrar os seus alunos e voltar aos interessantes diálogos acadêmicos. Iniciada a preleção do dia, um aluno faz uma pergunta repentina, aparentando já vir pensando no assunto:

- Professor, o que o senhor achou da decisão do STF (maio de 2011) que equiparou a união homoafetiva à união estável entre homem e mulher?

- Bem, – respondeu o professor - eu acredito que o STF excedeu a sua competência, assumindo a posição de constituinte originário.

-         Não estaria o senhor querendo dizer “de legislador” em vez de “de constituinte originário”?

-        Note, disse Kin, que o artigo 226 da Constituição fala que a família é a “base da sociedade”, e, somente após essa afirmação, fala sobre o casamento e a união estável. Na medida em que a Constituição é entendida como o Estatuto Fundamental da SOCIEDADE, a tentativa do STF de redefinir o que o constituinte classificou como BASE da vida SOCIAL esbarrou numa limitação implícita ao poder de reforma da Carta Magna. Uma limitação implícita ao poder de reforma não resulta de uma vedação específica à iniciativa de emenda, mas, sim, do fato de que a mudança de um artigo determinado não pode implicar na alteração de princípios elementares da Constituição. Há limitação implícita quando a proposta de emenda objetiva alterar o núcleo constitucional de forma camuflada.

-        Mas – replica o aluno- o senhor já não nos falou em aulas anteriores sobre a importância da mutação constitucional através da interpretação?

Kin mostra satisfação ao perceber que o aluno deu atenção as suas aulas, mas explica:

- Konrad Hesse considera “o texto como limite da mutação constitucional”, sendo ele uma garantia da Constituição. Uma alteração da Constituição que ultrapasse as possibilidades textuais não é uma mutação, mas, sim, uma quebra constitucional.[1] Uma vez que a união estável mencionada é entre HOMEM e MULHER (art. 226, parágrafo 3o da C.F.), não poderia ser a união homossexual equiparada a ela em hipótese alguma. É interessante observar que uma união incestuosa entre um irmão e uma irmã atenderia a definição formal da Constituição de união estável, mas não é admitida por impedimento legal. A união homossexual, todavia, desatende tanto a definição constitucional de união estável como os requisitos da lei.

O aluno insiste:

- Não poderíamos invocar a analogia para falar em união estável entre homossexuais?

- Não, responde Kin. Em primeiro lugar, porque a regra é o casamento e a união estável é exceção. Entre as regras da hermenêutica jurídica está aquela que diz que “as exceções são de interpretação estrita”, o que significa ser uma impropriedade utilizar analogia em Direito excepcional. Em segundo lugar, o tema da família é de grande interesse público (art. 226 da CF: “A família, BASE DA SOCIEDADE, TEM ESPECIAL PROTEÇÃO DO ESTADO”). Normas cuja matéria envolve grande interesse público são cogentes e taxativas (numerus clausus). O raciocínio cabível a essas normas não é o raciocínio a simile (que procura casos análogos por semelhança), mas, sim, o raciocínio a contrário sensu (que trata com exclusão ou de modo inverso as situações não previstas).

O aluno resolve colocar a última “cartada”:

-         Mas os homossexuais não teriam direito a um tratamento isonômico?

-        Eu sou a favor dos direitos humanos para todos. Eu sou contra a discriminação. Os homossexuais têm direitos humanos, embora não defenda “direitos especificamente homossexuais”. O que quero dizer é que os homossexuais têm direitos porque são seres humanos e não porque são homossexuais. Do contrário, teríamos que falar nos direitos dos heterossexuais, dos pedófilos... Todos devem ser tratados como iguais, mas o caso aqui não se refere diretamente às pessoas, mas, antes, às instituições, como o casamento e a família. As instituições são teleológicas, ou seja, são definidas por uma finalidade. A regulação do casamento e da união estável não tem em vista a simples proteção dos parceiros, mas, antes, a proteção da família constituída. Como, porém, podemos falar em família homossexual se a união homossexual é biologicamente infértil? Como a união homossexual poderia ser a base da sociedade se ela é, por si mesma, incapaz de perpetuar a espécie? Na verdade, ao defender o casamento entre homem e mulher defendo a união da qual poderão vir pessoas que farão a opção de serem heterossexuais ou homossexuais. Ao defender o casamento tradicional defendo também a continuidade da existência de homossexuais, pois, se todos fossem homossexuais, a espécie humana já teria se extinguido.

Uma aluna entra na discussão e replica:

-         Não é o casamento também para assegurar um patrimônio comum?

-        Lembro-me de ter aprendido na Faculdade que o Direito de Família diferencia-se dos Direitos Obrigacional e Real por não ser de fundo patrimonial. O casamento pode acontecer com total separação de bens e, em alguns casos, é obrigado a sê-lo. A família é uma unidade moral. Assim, os homossexuais poderiam resolver o problema de seu patrimônio comum no âmbito do Direito Obrigacional e Real por meio de formas contratuais.

                  A aluna ainda tem dúvidas:

-         O senhor quer dizer que o casamento é só para a procriação?

- Vamos analisar com calma o que quero dizer. Os cristãos acreditam que o casamento é uma instituição divina e cultural. Os sociólogos e antropólogos identificam apenas a natureza cultural do casamento. Para os cientistas sociais, havia um estado primitivo de promiscuidade que impedia a identificação de um pai quando as mulheres ficavam grávidas. O casamento foi criado para a identificação paterna, permitindo saber quem estava responsável pelos cuidados e formação de uma criança, bem como para identificar de quem a criança era herdeira. Isso permitia reconhecer os grupos (famílias, clãs, tribos) e os sucessores dos governantes. Percebe-se que não haveria o conceito de casamento se, como os anjos, fôssemos todos inférteis. O filósofo Edmund Husserl identificou dois elementos nos objetos culturais: o substrato e o sentido. Considerando o casamento como uma construção cultural, o seu sentido pode sofrer variações, mas nos limites de seu substrato. O substrato do casamento é um estado biológico que somente pode se dar numa união heterossexual: a fertilidade. É verdade que um casal pode fazer a opção de não ter filhos, assim como alguém pode casar com um estrangeiro apenas para ganhar a extensão de sua nacionalidade. A razão, porém, para a instituição do casamento, é a potencialidade da procriação e a conseqüente formação da família. A essência de algo é aquilo que, sendo dado, faz a coisa existir e, sendo retirado, faz ela desaparecer. Se a humanidade se tornasse infértil de modo generalizado, a idéia cultural de casamento se perderia, podendo os relacionamentos de vida em comum ficar sob as cláusulas de um contrato privado entre sócios. A razão de especial proteção do Estado para o casamento é a procriação e a família. Se o casamento fosse desnaturado pela remoção da idéia de família e de prole, os filhos perderiam sua importância na idéia de família. Nesse caso, o individualismo dominaria aquela esfera social que faz a mediação entre o indivíduo e o Estado. A redução do casamento a uma realidade patrimonial o faria uma figura mais econômica que moral e social. Até os povos antigos perceberam isso. Foi por esse motivo que, embora havendo muita homossexualidade entre os gregos, eles nunca cogitaram de um casamento homossexual.

A aluna faz também sua última aposta:

- O que o senhor acha de o STF ter também aceito a adoção por casais homossexuais?

- Um casal heterossexual (que biologicamente poderia ter filhos) reúne as condições naturais para se colocar de modo análogo a uma família com um adotando. Um solteiro (a) heterossexual poderia adotar na condição análoga a de um viúvo (a) ou de uma mãe solteira, embora a existência de um casal (heterossexual) sempre deveria ter preferência. Os psicólogos sabem que a figura de um pai (masculino) e de uma mãe (feminino) faz parte do que uma criança precisa para formar uma personalidade sadia. Um cristão diria que o Criador sábio fez as coisas assim, enquanto um evolucionista ateu diria que a natureza impessoal é que é “sábia”. O evolucionista coerente teria que reconhecer que a união homossexual não promove a evolução da espécie, pois a sua generalização implicaria na própria extinção dela.

Kin continuou:

-        Acerca ainda da adoção de crianças por parceiros homossexuais, eu observaria também que nós precisamos lembrar dos direitos da criança e do adolescente. O Estatuto da Criança e do Adolescente diz:A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.” O artigo 7o fala em “desenvolvimento sadio e harmonioso” da criança. Ora, uma criança adotada sempre enfrenta dificuldades para entender que não é filha biológica de seus pais adotivos. Agora, imagine para ela entender que não tem pais heterossexuais. Tente por um pouco de tempo pensar no vexame dessas crianças. Pense no prejuízo psicológico que causa a violação de uma lei da natureza, pois o normal seria uma criança ter vindo de um pai e de uma mãe, sendo adoção feita por um casal heterossexual uma tentativa (com dificuldades) de se aproximar do modelo natural. Não nos deixemos aqui levar pela mídia. Há muitas reportagens feitas pela televisão que procuram apresentar quadros de “felicidade” em situações em que homossexuais criaram um filho. A coisa é tão falsa que tais representações fazem aparentar que há mais harmonia nessas psdeudofamílias do que em famílias convencionais e que o adotando sequer enfrentou os problemas habituais resultante de não conhecer os seus pais biológicos.

O professor Kin pensa um pouco para saber se vai dizer tudo que lhe veio à mente. Resolve, então, acrescentar o seguinte às suas palavras:

- Preocupo-me também com a pedofilia. A homossexualidade não implica necessariamente em pedofilia, mas há uma constatação histórica inequívoca de inúmeros casos em que as duas coisas estão presentes. É difícil ver um homossexual em idade avançada interessando-se por outro da mesma idade. A pedofilia homossexual aparece com mais freqüência nos noticiários que a heterossexual. Na Grécia antiga, a homossexualidade, associada à força poderosa do Eros, era uma prática comum. Com ela, porém, generalizou-se a pederastia (pedofilia com abuso sexual). O historiador Michael Grant escreveu que Eros era também a base da pederastia. Ele constatou que as relações sexuais entre homens e meninos eram “muito mais preferidas às relações sexuais entre homens da mesma idade”[2]. O historiador K. J. Dover informa que o homem adulto sempre desempenhava o papel ativo e o menino, o papel passivo nessas relações sexuais. Dover mostra que a prática da barganha, que é tão freqüente nos casos atuais de pedofilia, estava também presente na pederastia grega, pois tudo era considerado uma troca: o menino concordava em ter relações sexuais com um homem adulto a fim de receber conhecimento e tutela[3]. Muitos adultos, como Pausanius no Symposium de Platão, protestavam porque os jovens, uma vez “esclarecidos”, saíam a procura de parceiros de sua idade, sendo “injustos” com os homens mais velhos. Com o nosso lamento, as práticas da “gloriosa” Grécia pagã subsistem dentro dos nossos presídios de forma humilhante. Para completar, a pedofilia tem sido ideologicamente defendida pela Associação Norte-Americana do Amor entre Homens e Meninos (NAMBLA, em inglês). Essa associação luta pela descriminalização da pedofilia. É bom, portanto, pensar no futuro e prever o que pode vir da equiparação da união homossexual ao casamento.

Um outro aluno perspicaz faz a seguinte observação:

- Professor, porque você fala em “homossexualidade” e não em “homoafetividade”?

- O termo “homoafetividade” é um eufemismo estratégico do movimento gay. Afinal de contas, não é agradável ouvir protestos contra algum tipo de “afetividade”. Da mesma maneira, o termo “homofobia” é um estigma sobre os que se opõe ao homossexualismo, pois parece sugerir que eles têm pavor aos homossexuais. Os que fazem juízo moral sobre a homossexualidade chamam os seus praticantes de sodomitas. Eu preferi usar uma palavra neutra numa discussão acadêmica. Talvez um dia conversemos sobre as estratégias discursivas com que muitos grupos procuram manipular a sociedade.

O aluno novamente pergunta:

-         Professor, o tempo de aula está acabando. Como você concluiria?

Kin, já sem fôlego, responde:

- A decisão do STF serve para desviar a atenção de todos do fato de ele não ser militante ou ser lento em assuntos de relevância nacional mencionados explicitamente na Constituição (como a Reforma Agrária, a participação dos trabalhadores no lucro das empresas, a questão da “ficha limpa”, etc). Filósofos de renome (ateus, céticos e relativistas) admitem que a nova esquerda (feminismo radical, movimento gay) afasta a mente da sociedade dos reais problemas sociais. Richard Rorty, por exemplo, diz que a “esquerda cultural” (nova esquerda) “é incapaz de se engajar na política nacional”. Nas palavras de Zygmunt Bauman, Rorty “conclama as pessoas a recuperarem a sensatez e despertarem para as causas profundas da miséria humana”. Bauman diz que os novos intelectuais são obstinadamente egocêntricos e auto-referentes. A sua conclusão é clara: “A guerra por justiça social foi, portanto, reduzida a um excesso de batalhas por reconhecimento”[4].

Um aluno com pressa e de pé diz:

- Professor, o horário já terminou!



Dr. Glauco Barreira Magalhães Filho
Mestre e Livre Docente em Direito
Doutor em Sociologia









[1] HESSE, Konrad. Temas Fundamentais do Direito Constitucional. Trad. Inocêncio Mártires Coelho. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 170

[2] GRANT, Michael. The Founders of the Western World. Nova York: Charles Scribner’s Sons, 1991, p. 16

[3] DOVER, K. J. A homossexualidade na Grécia Antiga. São Paulo: Nova Alexandria, 1994


[4] BAUMAN, Zygmunt. Identidade. Trad.  Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005, p. 43-44
Soli Deo Gloria
Pr. Luiz Fernando R. de Souza

13 maio 2013

ANTES QUE O CASAMENTO TERMINE

Já havia publicado o texto em meu blog, mas agora o vídeo vem complementar. Veja o vídeo e dê valor às pequenas coisas na vida a dois. Quase sempre aprendemos a desprezar os dias das pequenas coisas e depois não encontramos motivos para continuar.


06 maio 2013

EUNICE - MULHER QUE FEZ A DIFERENÇA




Gostaria de compartilhar com os amados colegas e irmãos o sermão que pregarei no próximo domingo dia 12 de maio de 2013. Dia das Mães.







                                               EUNICE – MÃE DE UM PREGADOR
                                                         II TIM. 1:5           
 Trazendo à memória a fé não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti”.

INTRODUÇÃO

A Palavra de Deus nos fala de várias mulheres e muitas delas com características respeitáveis. Não temos muitas menções de mulheres no Novo Testamento, mas quando são mencionadas trazem em sua maioria um estigma de preciosidade. Dentre estas mulheres mencionadas no Novo Testamento poderíamos falar de Febe a diaconisa que trabalhou incansavelmente na obra. Por que não lembrar Priscila que é mencionada antes de seu marido Áquila em 03 das 05 passagens do Novo Testamento? Mulher que juntamente com seu marido tiveram o cuidado de tomar Apolo, cristão fervoroso e eloqüente pregador, e cuidaram para que ele fosse mais bem instruído no caminho do Senhor? Poderíamos falar das mulheres que não tiveram seus nomes mencionados, mas que serviram pessoalmente ao Senhor Jesus.
Lídia, mulher rica que foi alcançada pela graça de Deus e teve seu coração aberto pelo Espírito Santo e serviu ao Senhor abrindo as portas de sua casa para pregação do Evangelho e com certeza ofereceu seus bens para propagação da mensagem do Reino de Deus.
Poderia ficar algum tempo falando sobres essas mulheres maravilhosas que em nada desonram o nome do Salvador, mas vou me deter em uma chamada Eunice.
Eunice era uma mulher judia devota que provavelmente foi salva através do ministério do apóstolo Paulo. Não se conhece nada sobre seu esposo. Procurou guiar seu filho, Timóteo, nos caminhos de Deus, é mais bem conhecida pelo impacto de sua vida sobre a de seu filho.
Vamos ver algumas características sobre Eunice.

 1 – ERA UMA MULHER DE DEUS

A – Sua vida impactou a vida do apóstolo Paulo.
Paulo ao mencionar Eunice para Timóteo o faz com alegria e prazer. Paulo escreve sua 2ª carta a Timóteo entre 63 e 64 D.C. Escreve para um jovem pastor que lutava para se firmar no ministério com sua pouca idade. Timóteo era propenso a doenças e tinha temperamento tímido. Diante desse quadro Paulo diz: “olhe para sua mãe como exemplo de fé”. Depois de 2000 anos de cristianismo achamos que ser cristão em um país onde não existem perseguições abertas ao cristianismo é fácil. Mas vale lembrar que no ano 63 ou 64 da era cristã o imperador era Lúcio Domício Enobarbo, nada menos que Nero. Um dos homens mais cruéis que já existiram neste planeta. Paulo encontra em Eunice uma fé inabalável que impacta sua vida e o alegra, pois, havia alguém que empunhava a bandeira do evangelho sem a deixar cair.
O mundo precisa de Eunices neste século XXI. A igreja precisa de mulheres como Eunice que sejam exemplos de fé para outros. Temos visto sim muitas mulheres que não são exemplos de nada e de ninguém. Minha irmã existe um clamor que diz: “Onde estão as Eunices de Deus?”.
Nossos jovens precisam ser impactados diante do exemplo de mulheres que acima de tudo possuam uma fé inabalável no Senhor. Mulheres que não temem as más notícias. Mulheres que se comportam com equilíbrio diante das incertezas da vida. Mulheres que como mães têm o que mostrar e demonstrar aos seus filhos.

B – Eunice Tinha Grande Estima Pelas Escrituras.

Eunice tratava com respeito a Palavra de Deus. Tinha-a em grande estima, isto é, tinha como relevante para sua vida pessoal e familiar. Ninguém pode ser louvada pela fé que possui dissociada da Palavra de Deus. Hoje não temos encontrado mulheres que se dedicam ao estudo da Palavra em nível pessoal. Mulheres que se deleitam com as Escrituras e têm o que compartilhar com os seus.
Uma das máximas da Reforma Protestante foi Sola Scriptura, ou seja, somente as Escrituras. Precisamos resgatar o Sola Scriptura na igreja do século XXI e acredito mesmo que isso se dará, muitas vezes, através de mulheres compromissadas com a Palavra. Conheci pessoalmente várias mulheres que marcaram sua geração porque eram amantes da Palavra. Eunice levou a sério as Escrituras Sagradas a ponto de exercer uma influencia benéfica em seu filho Timóteo.
A senhora que é mãe ou você que sonha em ser, qual o destaque dado às Escrituras em sua vida? Que tipo de influência a senhora exerce sobre sua família? Quando a irmã executa a disciplina em seus filhos o faz baseado na Palavra. Se assim não for não haverá proveito algum.
D. L. Moody disse a respeito da Bíblia: “Ou este livro me afastará do pecado ou o pecado me afastará deste livro”.
A igreja precisa urgentemente de mães/mulheres que amem a Palavra. A igreja precisa de mulheres que ao abrirem suas bocas comuniquem a vontade de Deus no poder do Espírito Santo.

C – Eunice Sabia Que a Piedade Fundamentaria a Responsabilidade e   
       Não que a Responsabilidade fundamentaria a Piedade.

Eis aqui um princípio que toda mãe deveria guardar no fundo de sua alma.
A piedade deve ser o alicerce da responsabilidade. Piedade quer dizer:
Amor e respeito às coisas religiosas; religiosidade; devoção”.
A devoção a Deus deve ser a base de nossa responsabilidade. O temor a Deus deve ser a pedra angular sobre a qual construiremos o edifício da responsabilidade. Toda responsabilidade deve ser conseqüência de minha devoção a Deus, pois, em última instância será a Ele que prestarei contas de minha vida e decisões. Porque verei o Senhor face-a-face então assumo responsabilidades nesta vida. Com isso quero receber a aprovação do Pai e não dos homens. Quando todos se voltarem contra minha vida por ter assumido responsabilidades para glória de Deus, será realidade em mim o salmo 23:4 “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam”. Sim haverá consolo e proteção na hora da angústia.
Minha irmã não tema assumir as responsabilidades na vida. Isso é necessário. Mas saiba qual é a real motivação- o temor a Deus.

II – EUNICE CONHECEU O ÊXITO ESPIRITUAL EM SUA VIDA.

A – Este Êxito Pode Ter Sido Conseguido Apesar das Circunstâncias do Lar.

Ninguém está afirmando que ser mãe e ser casada é algo fácil e despreocupado. Nunca uma função foi tão menosprezada como esta. Função fundamental, mas pouco apreciada por muitas mulheres hoje em dia. Muitas mulheres estão abdicando da maternidade e de seus lares em troca da ascensão profissional. Em muitos casos exige-se que a mulher trabalhe fora para completar a renda familiar. Isso, se necessário, deve ser feito. Mas implica em uma dupla jornada de trabalho. Mesmo com uma profissão rentável o ser mãe é imprescindível. Aqui vale lembrar um pensamento de um executivo de uma grande empresa: “Nenhum sucesso profissional vale o fracasso familiar”.
Às vezes as circunstâncias em família são complicadas e não saem do jeito que planejamos. Outras vezes é o inesperado que nos assedia. Minha Irmã mesmo que as circunstâncias do seu lar não sejam 100% favoráveis, a irmã é chamada a continuar, a batalhar pela vontade de Deus e acima de tudo ver a glória de Deus em sua vida.
Gostaria de lembrar Suzana Wesley. “Ela criou dezenove filhos e dedicava tempo para cada um individualmente. Quando sua casa pegou fogo e João Wesley foi salvo naquele incêndio, ela disse: Este é um tição tirado do fogo. Deus um plano especial para este menino. Dedicou mais tempo para João Wesley e este em sua época foi instrumento de avivamento na Inglaterra fundando o metodismo”.

B – Eunice Prova Que é Possível Ser Uma Cristã Exemplar Só ou Com um
       Companheiro não Cristão.

Pastor eu sou só em minha casa. A fé está somente em minhas mãos. Como é difícil suportar tudo sozinha. Minha irmã tudo isso é verdade, mas não deve ser fatalidade ou fatalismo. Porque estou só necessariamente devo me comportar erroneamente? A mulher pode estar só em relação à fé. Seu marido pode ser indiferente para com as coisas Deus. Mas vale lembrar que temos a companhia de Cristo todos os dias de nossas vidas até o final. A Palavra nos diz que: “Jamais te deixarei, jamais te desampararei”.
Tenho acompanhando vidas de algumas mulheres cristãs que se recusam de abrir mão de ser cristã mesmo diante das piores dificuldades. São mulheres de fibra e determinação. Conheci pessoalmente uma irmã. Seu nome é... . Ela pessoalmente me disse: “Pastor Luiz, uma das piores coisas para mim é ter que manter relações sexuais com meu marido quando ele está alcoolizado. Aquele cheiro de bebida me provoca vômito. Mas eu não me nego a ele, pois, não quero que ele dê alguma desculpa do porque ele ainda não se entregou nas mãos de Cristo. E se ele morrer antes disso não serei culpada de nada. Há alguns anos atrás ela me ligou dizendo: Pastor meu marido se converteu. Agora é do Senhor”.
Minhas irmãs aquela mulher lutou tendo quase tudo contra si. Teve dois filhos com comportamentos sexuais disfuncionais (pelo padrão bíblico), um esposo alcoólatra, uma família dividida, mas mesmo assim perseverou e lutou com as armas do Senhor. Revestiu-se do Senhor e da força do Seu poder.

III – EUNICE NÃO ERA UMA MULHER APEGADA A NADA.

A – O Apego É Uma das Maiores Causas do Sofrimento.

B – Quando Deus Chamou Timóteo (através de Paulo), Ela Não Segurou.

B1 – Eunice Sabia que seu filho Timóteo era jovem.
B2 – Eunice Sabia que Seu filho tinha constituição física fraca e adoecia facilmente.
B3 – Sabia que Somente Deus poderia dar êxito para Timóteo.

IV – EUNICE HAVIA ENSINADO A SEU FILHO QUALIDADES ESPECIAIS.

A – Havia lhe ensinado a obediência. (I Tm. 1:1-4, 18)
B – Havia lhe ensinado dedicação/disciplina a uma tarefa difícil.
(I Tm. 4:12-16)
C – Havia lhe instruído em uma vida santa. (I Tm. 6:11-14)
D – havia lhe ensinado a amar e a ser sincero com os outros.
(II Tm. 1:1-4)
E – Havia lhe ensinado a ser fiel. (II Tm. 4:9, 10 e 21)

Conclusão
Eunice mostra o impacto de uma mãe, assim como a importância de instruir bem os filhos e de inculcar-lhes um bom caráter. A boa tarefa que Eunice fez como mãe e a razão pela qual a conhecemos através do ministério de seu filho pregador.
QUE DEUS ABENÇOE CADA MÃE NESTE DIA.


 Que mulher é essa?
Que mulher é essa
que não se cansa nunca,
que não reclama nada
que disfarça a dor?
Que mulher é essa
que contribui com tudo,
que distribui afeto,
tira espinhos do amor!
Que mulher é essa
de palavras leves,
coração aberto,
pronta a perdoar?
Que mulher é essa?
que sai do palco,
ao terminar a peça,
sem chorar!
Essa mulher existe,
sua doçura resiste,
às dores da ingratidão,
resiste à saudade imensa,
resiste ao trabalho forçado,
resiste aos caminhos do não!
Essa mulher é MÃE,
linda, como todas são.

Fonte: Ivone Boechat

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